Novo visual de Anitta reacende debate sobre padrões de beleza

As recentes mudanças no rosto de Anitta voltaram a movimentar as redes sociais, não apenas pelo novo visual da cantora, mas também pelas comparações com Ludmilla, levantando especulações sobre uma possível “padronização” estética entre celebridades. A semelhança reacendeu um debate que vai além da aparência: até que ponto as intervenções estéticas seguem respeitando a identidade de cada indivíduo?

Para o cirurgião plástico Fernando Bianco, ainda que não se possa confirmar quais procedimentos Anitta teria feito, é possível reconhecer, no novo rosto da popstar, tendências frequentes entre artistas e influenciadores. “Rinoplastia, lifting endoscópico da face e da testa, lip lift, preenchimentos e harmonização facial são recursos comuns que ajudam a definir os traços e melhorar a simetria”, afirma. No entanto, ele ressalta: “O excesso pode levar à perda da naturalidade e à dificuldade de reversão.”

A padronização estética, segundo Bianco, tem ganhado força, com muitos pacientes buscando características similares: nariz fino, mandíbula marcada, olhos mais alongados. “Isso leva à perda da diversidade e incentiva comparações que podem gerar frustrações, especialmente entre os mais jovens.”

O especialista também chama atenção para os impactos emocionais dessas mudanças. “Transformações intensas podem elevar a autoestima, mas também provocar estranhamento e expectativas irreais. É essencial que o paciente esteja bem orientado e emocionalmente preparado”.

Bianco observa que esse fenômeno se intensificou com o aumento da exposição nas redes sociais e nas videochamadas durante a pandemia. “As pessoas começaram a se observar mais, e com isso cresceram as demandas por procedimentos faciais.”

Na hora de decidir por uma intervenção, ele orienta que a escolha do profissional seja criteriosa. “Pesquise o histórico do cirurgião, confirme a formação, fuja de promessas milagrosas. O ideal é sempre buscar a naturalidade e respeitar a individualidade.”

Ainda comum nos consultórios, levar fotos de celebridades como referência pode até ajudar na comunicação com o profissional, mas não deve ser encarado como um molde. “Cada rosto tem sua anatomia e suas proporções. A inspiração precisa ser adaptada à realidade de cada pessoa para que o resultado final preserve a harmonia e a identidade”, conclui.