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Abrego García. Testemunha libertada em troca de cooperação

Abrego García. Testemunha libertada em troca de cooperação

O caso de Kilmar Abrego García, o homem salvadorenho deportado em março dos Estados Unidos devido a um “erro administrativo”, continua a fazer correr tinta. A mais recente atualização no caso, noticiada este domingo pelo Washington Post, está relacionada com uma testemunha chave no caso, que já esteve preso — uma das vezes por “conduta mortal” no Texas — e foi deportado dos Estados Unidos cinco vezes.

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Jose Ramon Hernandez Reyes, de 38 anos, foi condenado por tráfico de seres humanos, ao facilitar a entrada de migrantes nos Estados Unidos, e por ter reentrado no país, depois das repetidas deportações. Encontrava-se a cumprir pena numa prisão federal, à espera de ser deportado pela sexta vez, quando, há alguns meses, agentes federais do Departamento de Segurança Interna lhe fizeram uma proposta: testemunhar contra Kilmar Abrego García em troca de liberdade nos Estados Unidos.

Os termos da libertação foram acordados numa audiência no dia 13 de junho, em que foi aprovada a sua transferência para uma casa de reabilitação e a sua licença de permanência nos Estados Unidos por um período de um ano. No entanto, o governo federal também está disponível para lhe atribuir um visto de trabalho, declarou em tribunal o agente responsável pelo seu caso.

Os procuradores norte-americanos identificam Hernandez Reyes como “primeiro colaborador” nos documentos do caso contra Abrego García, a que o jornal norte-americano teve acesso. A relação entre os dois homens remonta a 2016, quando ambos viviam no estado do Maryland e trabalhavam, segundo Hernandez Reyes, como condutores para um negócio que cobrava a migrantes para os ajudar a passar a fronteira para os Estados Unidos de forma ilegal.

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Kilmar Abrego García foi deportado em março e regressou aos Estados Unidos no início de junho, meses depois de o Supremo Tribunal ter ordenado à administração Trump que “facilitasse o seu regresso”. No entanto, foi imediatamente acusado de “tráfico de seres humanos” — os procuradores pretendem que seja novamente deportado, desta vez sem hipótese de regresso. No centro desta acusação e da investigação criminal está uma detenção de Abrego García em 2022, pela polícia de trânsito no Tennessee.

Um agente federal testemunhou este mês que a carrinha que Abrego García conduzia nesse dia estava registada em nome de Hernandez Reyes e que era um dos veículos utilizados por ambos os homens para, alegadamente, transportar migrantes que queriam entrar nos Estados Unidos sem documentos. Ao contrário de Abrego García, Hernandez Reyes tem um longo cadastro nos Estados Unidos, que inclui a detenção por “conduta mortal” no Texas depois de ter sido apanhado a conduzir alcoolizado enquanto disparava uma arma de fogo.

observador

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