A operação do FBI contra John Bolton foi produto da fúria presidencial?

Tenho que admitir que, para algo completamente inevitável , este ainda foi um momento de "Holy Forking Shirt". Da NBC News:

O FBI invadiu a casa do ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, em Maryland, na sexta-feira, como parte de uma "investigação de segurança nacional em busca de registros confidenciais", confirmou uma fonte familiarizada com o assunto à NBC News. Um funcionário do FBI afirmou em comunicado que a agência estava "conduzindo atividades autorizadas pelo tribunal na área. Não há ameaça à segurança pública".

Em uma publicação no X na manhã de sexta-feira, o diretor do FBI, Kash Patel, escreveu: "NINGUÉM está acima da lei... @Agentes do FBI em missão". A Procuradora-Geral Pam Bondi e o Diretor Adjunto do FBI Dan Bongino também pareceram se referir à operação em publicações no X. "A segurança dos Estados Unidos não é negociável. A justiça será buscada. Sempre", escreveu Bondi na manhã de sexta-feira. "A corrupção pública não será tolerada", escreveu Bongino. O New York Post foi o primeiro a noticiar a operação.

Bolton é um monstro criado pela política da qual o atual presidente é a apoteose. Ele é uma criatura de uma era autoritária republicana anterior. De modo geral, isso o colocaria muito além dos limites amplos da minha empatia. Mas este ataque é um exemplo tão puro de fúria vingativa que pode funcionar como nada mais do que um prenúncio do que está por vir. As críticas de Bolton ao atual presidente consistiam em uma realidade facilmente observável em torno da política externa. E vieram principalmente como uma campanha de marketing para seu livro. (Verdade seja dita, Bolton lançou mais algumas críticas na semana passada.) Se o que Bolton disse — e escreveu — sobre El Caudillo del Mar-a-Lago foi suficiente para mandar os federais à sua porta ao amanhecer, o que o espera para pessoas como, digamos, Adam Schiff, Liz Cheney ou Jamie Raskin?

John Bolton é o corvo manchado de sangue na mina de carvão.